Carros Elétricos em Condomínios.
Quem Paga Essa Conta?

João da Silva

23 de outubro de 2018

Em um ano como nômade digital, já rodamos 13.184 km pelo nordeste brasileiro em uma CR-V. 
 
É um carro com consumo alto, e que já me fez testar a fé em alguns trechos onde postos são raros ou a gasolina não é nada confiável. Sem falar na greve dos caminhoneiros, que deixou os combustíveis escassos e os ânimos acirrados, e que ainda não está longe de acontecer de novo. 

Um carro mais econômico, mas que continue me atendendo no que preciso pra viajar, faz parte dos planos. É aí que me lembro dos carros elétricos ou híbridos, e de um test drive que fizemos em uma BMW I3, pela plataforma Review, ainda em BH. E de quando vi, em Fortaleza, estações com carros elétricos compartilhados ao público, do mesmo jeito que as bicicletas do Itaú ou da Unimed. Tudo bem, são todos carros pequenos, mas, mesmo que ainda tímida pra aparecer, já existe SUV híbrida no mercado. 

Esse é assunto é pra pegar carona, literalmente, no encontro que acontece hoje, em Belo Horizonte, no auditório do Sinduscon/MG, sobre carregamentos de carros elétricos em edificações.

A boa notícia é que o recém aprovado programa de governo, o Rota 2030, pode incentivar a produção de carros elétricos no Brasil, num mercado que pode atingir 50% da produção mundial até lá, segundo previsto em um relatório do Boston Consulting Group (BCG).

Mas como esses carros são recarregados? Não sei se você sabe, mas a maioria dos carros elétricos podem ser carregados em tomadas comuns de 220 e 110v, mas o tempo pra esse carregamento pode levar de 6 a 20 horas, aproximadamente. Há também as estações de carregamento rápido, que, dependendo do tipo, carregam 80% das baterias entre 30 e 60 minutos, e que são recomendadas para dar mais segurança ao sistema elétrico do veículo. 

Há também modelos de carros que permitem a retirada da bateria para ser carregada dentro de casa, facilitando (ou não) a vida do proprietário.
Porém, os que não permitem, deixam a preocupação e a dúvida: onde recarregar e quem paga essa conta? 

Salvo por iniciativas privadas, da própria BMW, por exemplo, que há pouco tempo inaugurou, junto com a EDP, o maior corredor elétrico da América Latina, não se vê muitos totens de carregamento por aí.
 
Essa necessidade fez com que a ANEEL aprovasse, em junho desse ano, a regulamentação sobre a recarga de veículos elétricos em pontos comerciais, postos de gasolinas, shoppings, vias públicas, etc, também para fins comerciais e livre cobrança por esses serviços.

A infraestrutura externa parece estar bem encaminhada, mas quando o assunto são os condomínios residenciais, conflitos podem acontecer pelo custo gerado. Afinal, quem pagaria essa conta? 

Pensando nisso, a Comissão de Infraestrutura da Câmara aprovou a PLC 45/2014, com texto alterado, que obriga as concessionárias a instalarem estações de recargas de carros elétricos também em prédios residenciais, sob o pedido dos clientes. Dessa forma, o morador interessado pagaria exclusivamente pelos custos da instalação e do seu consumo, através de tarifa pré-paga ou fatura separada. 
Então agora ficou resolvido, certo? Ainda não. Como a maioria dos condomínios não tem previsão para essas estações, adaptações bruscas podem ser necessárias, como adequação do sistema elétrico, caso não suporte essa nova demanda, e infraestrutura para instalar o carregador na vaga de garagem, podendo inviabilizar o processo e criar conflitos no condomínio.

É por isso que os incorporadores inteligentes, e voltados às tendências do mercado, já disponibilizam estações de recargas em seus empreendimentos, adequando os condomínios a essa realidade e ao futuro. O que é ideal porque já prevê nos projetos a demanda elétrica e espaços para essas estações, a um custo infinitamente menor.

Mas pergunto de novo: quem pagaria essa conta? As estações de carregamento disponibilizadas em alguns empreendimentos inovadores normalmente são para uso compartilhado, e para o consumo ser rateado entre os moradores, cabendo ao condomínio estabelecer as normas para individualizar esses custos. Como alternativa, existem tecnologias que separam os consumidores através de chaves, códigos ou cartões individualizados, podendo assim, diferenciar os custos de cada um.

Mas há também empreendimentos ainda mais inovadores que entregam uma estação de recarga por apartamento, individualizando os custos dos seus consumos, oferecendo a solução completa pros seus clientes e evitando conflitos futuros entre os condôminos. Esses empreendimentos, sem dúvida, estão bem à frente dos outros e merecem a sua atenção.
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Ismael Sant'Ana

Ismael Sant'Ana tem 40 anos e por mais de uma década vendeu apartamentos na planta, fazendo parte do Time da Casa em três incorporadoras de Belo Horizonte. Formado em administração, com MBA em Mercado de Capitais, é corretor imobiliário, perito avaliador de imóveis, e tem especialização em incorporações de edifícios e financiamento de empreendimentos imobiliários com foco no Plano Empresário. 
Como empreendedor, é proprietário da Rever Consultoria e Ensino e sócio da plataforma Review.

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